O termo “ariano” foi apropriado pela propaganda nazi e ficou associado a estes no imaginário popular moderno. Mas o povo Arya vem do Planalto do Irão e espalhou-se pela Ásia e Europa. Um dos delírios de Hitler foi achar que (alguns) alemães pertenciam a uma raça com origens extra-terrestres e poderes super-humanos. As leis de Nuremberga abstinham, por isso, do extermínio todos os persas, irmãos de sangue ariano.
Sem esta contextualização, os títulos dos jornais que repetem até à exaustão as raízes iranianas do terrorista de Munique apenas desinformam. E ainda mais quando não explicam que o Irão (xiita) é o principal inimigo do Estado Islâmico (sunita). A polícia alemã bem frisou que este atentado acontece no 5º aniversário do ataque neo-nazi de Breivic na Noruega, bem como os supostos problemas mentais, partilhados por ambos.
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Até quando vamos continuar a alimentar a espiral de ódio xenófobo e nacionalista, cavando a vala comum das civilizações?
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